Eu e a Cacau partilhamos um medo...

CARROS!!
Então vou vos contar...
Pouco tempo depois de ter chegado de Ibiza, íamos nós a passear com a Cacau e ela sai disparada atrás de uma mota (ela odeia motas ou bicicletas) para o meio da estrada (a casa da minha mãe é numa terrinha, ou seja a estrada principal fica sempre coladinha às casas e nem sempre há passeios).
A raiva dela à Mota era tanta que nem obedeceu aos meus chamamentos nem aos dele. E numa fracção de segundos em que a aflição era tanta, veio um carro acelerado e pummmmmmm! 
Bateu nela.
No momento nem sei explicar o que senti. Parece que me mantive ali com a cabeça fria e a pensar (nem sei como tive tempo para pensar que aquilo foi super mega rápido) faz qualquer coisa rápido e tudo vai correr bem. Já ele, assim que viu que iam embater, virou a cara e disse: "Pronto já foste!".
Ela é tão frágil e pequena que era de esperar que ficasse ali estendida (ai credo, odeio dizer isto), mas a verdade é que ela teve muita sorte.
Quando o carro embateu nela (sim eu sei explicar exactamente o embate porque tive de olhar e ver tudo, não consegui virar a cara e encolher-me. Não o estou a criticar mas a minha reacção foi precisamente essa. Obriguei-me a olhar e a torcer que ela tivesse sorte. Ainda me surgiu a ideia também de me atirar para a frente do carrocarro. Podia ser que ele parasse primeiro. Mas lá esta foi numa fracção de segundos, na outra já ele tinha batido nela) e não querendo descrever ao pormenor o atropelamento da Cacau, a verdade é que ela teve sorte. Porque no meio do embate lá deve ter tido um anjinho da guarda dos cães a torcer por ela. Porque não ficou por debaixo do carro nem das rodas, porque senão a história era outra...
Saiu daquele aparatoso acidente só com a pata esfolada. Graças a deus!
E assim que tentei agarrar nela para a tentar ajudar e ver os ferimentos dela, sabem o que ela me fez?
Foi a andar aqueles 2 metros para casa encolhida e numa velocidade tal, com medo que eu lhe ralhasse ou algo do género. Vi logo que os ferimentos tinham sido ligeiros. 
Era eu a chama-la para a tentar agarrar e ela a fugir dali.

O carro lá depois também voltou atrás e perguntou se ela estava bem e se a podia ajudar. Era um casal de adolescentes que também estavam assustados.

Só a porta de casa é que deixou-me ajudá-la. Ela gania um pouco, a pata inchou e andou murcha durante uns dias. Mas não tinha partido nada. Só tinha a patinha magoada porque tinha uma pequena ferida.
Menos mal. Tudo não passou de um susto e ela teve mesmo muita sorte!

Agora nos últimos tempos como temos passado mais tempo entre aqui e Lisboa ela fica sempre aqui na casa da minha mãe.
Ela ganhou medo aos carros. Cada vez que vamos a rua passear. Assim que ouve que vem lá um,  pára, olha e encolhe-se à espera que passe. Só depois continua o passeio.
O problema é que agora sou eu que também tenho medo de carros.
E ando sempre de coração nas mãos!
Espero que este medo seja pelo recente trauma, que em breve passe  e que não voltemos a ter sustos destes.




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